O Palácio da Liberdade e o seu Museu Animado
O Palácio da Liberdade (BH/MG) inaugurado no último
dia 29 de julho, conta os fatos históricos através do acervo exposto. Os
móveis, porta-retratos e as paredes foram utilizados e interagem através de
espelhos e outros recursos multimídia com o público. A trajetória dos governantes
mineiros é recontada em um espaço que é a sede simbólica do governo de Minas Gerais,
em Belo Horizonte. Além das paredes e mobiliário, um piano e um telefone são
utilizados na exposição animada. O Palácio da Liberdade – a casa onde
trabalharam e viveram dezenas de políticos recebe a exposição permanente “ Palácio da Liberdade – Memórias e
Histórias”. O espaço já está aberto à visitação desde 04 de agosto depois de
uma reforma. A exposição permanente poderá ser visitada aos sábados, domingos e feriados,
com percurso de uma hora em média.
Exposição Animada
Há vídeos com
animações, filmagens em película para aparentar gravações antigas, e até um
piano entoando sem parar “Será o Benedito?”. A expressão surgiu na década de
1930 quando o nome do político mineiro Benedito Valadares estava entre os cotados
para assumir o governo do estado. Tudo
funciona com sensor de movimento.
“Já vejo as meninas com língua-de-sogra a
recepcionar a oposição. Não duvide disso”, diz o arquiteto Oscar
Niemeyer ao governador Juscelino Kubitschek, em conversa ao telefone. O diálogo
fictício é reproduzido pelo aparelho, localizado em um dos 30 cômodos do
Palácio. A queixa do futuro presidente do Brasil era a de viver e trabalhar no
mesmo local, tarefa dificultada pela presença das filhas pequenas. Após
reclamar, Juscelino pede para o amigo arquiteto projetar a nova morada dos
governadores ao pé da Serra do Curral, o atual Palácio das Mangabeiras.
Dezesseis ex-governadores, todos mortos, são relembrados
nas salas do museu. Um dos destaques é
o quarto, onde Bias Fortes - o primeiro
morador do Palácio da Liberdade, conversa com os presentes. Uma sala, propositalmente sombria relembra o plano de alçar os militares
ao poder, no Golpe de 1964 e, mais à esquerda, Tancredo Neves é destacado como
símbolo da redemocratização do Brasil.
“A
ideia de museu não se encerra aí”, diz Maria
Eliza Linhares Borges responsável pela pesquisa histórica que levou cerca de cinco meses . O interesse é de que o
conteúdo disponibilizado alcance um grande público e o próprio museu possa ser visitado por excursões de
estudantes.
A
arquitetura do museu
O prédio de
arquitetura neoclássica possui afrescos de diversas influências como o art
nouveau e arte árabe. Há também pinturas simbolizando as quatro estações e os
ideais de fraternidade e liberdade, de acordo com Bruno Mitre - o
curador do Palácio da Liberdade. A escadaria em ferro batido é a peça de
maior destaque. Ela foi fabricada na Alemanha sendo trazida para o Brasil e
montada em Belo Horizonte.
O
mobiliário, no que diz respeito às cadeiras e móveis de muitas das salas e, sala de
jantar é em estilo Luís XVI.
Palácio da Liberdade – Memórias e Histórias
Palácio da Liberdade – Memórias e Histórias
Local:
Praça da Liberdade, s/nº,
Bairro dos Funcionários, Belo Horizonte – MG
Curadoria: Marcello Dantas
Pesquisa: Maria Eliza Linhares Borges
Visitação: sábados, domingos e feriados
Texto: Marjane
de Andrade
Fotos: Sec. Estado de Minas Gerais/Divulgação
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