Gabinete de Arte

O Memorial Darcy Ribeiro, em Brasília é um projeto de Lelé - aquele a quem o antropólogo incentivou a aprender como os índios construíam. E, assim é o memorial - uma cabana indígena ou mesmo; como dizem alguns - um disco voador. O projeto se desenvolve a partir de uma planta circular, com biblioteca e auditório. O espaço garante conforto térmico e engenhosidade em relação a estrutura.

O edifífio circular possui dois pavimentos, com 32,20 m de diâmetro interno e 37 m de diâmetro de cobertura que se lança para o alto em sua parte central. Neste ponto atinge 14,80 m e abriga embaixo um espaço circular ajardinado. A engenhosidade do projeto está na utilização de telhas especiais dobradas de chapa pré-pintada de aço galvanizado branco, com proteção interna de bidim e forro abilongo metálico por baixo. A luminosidade natural é conseguida pelo emprego de uma grande clarabóia que dá proteção e ilumina o jardim interno. A cobertura nesta área é formada de telhas de policarbonato transparente com 6 mm de espessura. As placas verticais metálicas fecham lateralmente o anfiteatro de ambos os lados. O conforto ambiental no interior do prédio é garantido por um anel, formando um espelho d'água com diâmetro externo de 52 m em volta do prédio. Os nebulizadores de água no lago são acionados sempre que baixa a umidade do ar, criando uma espécie de névoa. As gotículas de água resfriam o ar que penetra no ambiente.

O arquiteto não desenhou um memorial. Ele procurou desenhar e tornar real o sonho do amigo Darcy Ribeiro, uma vez que ele abriga o acervo do antropólogo e de certa maneira, sua última morada.

Fonte/Divulgação: UNB Agência